Mauá reforça ações de proteção às mulheres com adesão ao aplicativo ANA

Por Portal Opinião Pública 22/05/2025 - 10:17 hs
Foto: Jornal Opinião Pública
Mauá reforça ações de proteção às mulheres com adesão ao aplicativo ANA
Membros do Executivo, da GCM, de entidades regionais, de organizações de proteção à mulher e outros

Conhecido como ‘Botão do Pânico’, serviço visa dar mais agilidade a atendimento de ocorrências de violência doméstica na cidade 

Foi lançado em Mauá, na tarde desta terça-feira (20), o aplicativo ANA – sistema que atuará na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica. A aplicação, que já foi adotada em cerca de 70 municípios do país, será utilizada pela GCM (Guarda Civil Municipal) para garantir um atendimento ágil a mulheres que o acionem, caso sintam-se ameaçadas.

A solenidade de lançamento do app, criado pelo guarda civil Diogo Antonio Ferreira, da GCM de Paulínia, interior de São Paulo, foi realizada no Gabinete do Prefeito Marcelo Oliveira (PT), e contou com a presença da primeira-dama e secretária de Assistência Social de Mauá, Fernanda Oliveira, da secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Cida Maia, do secretário de Segurança Pública, Matheus Ferreira, além de representantes da GCM, das delegacias da Polícia Civil, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e de organizações que atuam em atendimento ao público feminino.

Durante o evento, os presentes falaram sobre como a adoção desta tecnologia – conhecida como ‘Botão do Pânico’, ajudará a trazer mais segurança, especialmente para as mulheres que possuem medida protetiva em vigor, público-alvo do aplicativo. Já a guarda municipal CD Nicodemos ficou responsável por fazer uma demonstração do funcionamento do serviço.

A GCM explicou que as mulheres cadastradas no programa Viva Maria poderão, após baixar o aplicativo em seu celular ou tablet – que rode sistema Android -, acionar o botão do pânico duas vezes e alertar a Central de Operações da GCM, onde será disparado um alarme sonoro com as informações referentes ao local em que a vítima se encontra, mandadas via sistema GPS do aparelho. Com isso, as duas viaturas que estiverem mais próximas da localização da mulher serão deslocadas para atender a ocorrência. Além disso, dados como o endereço da vítima, fotos dela e do agressor, além de informações pessoais e sobre os boletins de ocorrência que motivaram a concessão da medida protetiva pela Justiça serão acessadas pela GCM.

Responsável pelo aplicativo, o guarda civil Diogo Ferreira explicou que a ideia por trás da criação do sistema era dar mais agilidade ao atendimento das vítimas de violência doméstica. “A ideia desse aplicativo foi facilitar o chamado. Em um momento de desespero, a vítima está tremendo, fica difícil discar 153 para chamar a guarda, esperar o agente atender, existe todo um protocolo (de perguntar) quem está falando, o que está acontecendo... então o aplicativo elimina tudo isso. Esse tempo que o aplicativo ganha, pode salvar uma vida”, destacou Ferreira, pontuando ainda que a aplicação pode ser cadastrada em mais de um dispositivo.

O prefeito Marcelo Oliveira lembrou que as secretarias municipais vêm atuando de forma integrada e interdisciplinar para ampliar o alcance das políticas públicas, e que a estratégia preventiva apresentada envolve ações conjuntas das secretarias de Segurança Pública e de Políticas Públicas para Mulheres, além da Patrulha Maria da Penha da GCM, das delegacias da Polícia Civil e do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, responsável pelas Casas Abrigo da região. “Com isso, queremos garantir mais proteção às mulheres vítimas de violência em nossa cidade, porque é fundamental preservar essas vidas”, afirmou.

Já a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Cida Maia, ressaltou o acompanhamento que a pasta vem fazendo, referente às denúncias que foram realizadas por cidadãs mauaenses. “No primeiro trimestre do ano, registramos 81 medidas protetivas, que acompanhamos de perto, com rondas e atendimento na Rede Viva Maria. A partir deste lançamento, vamos buscar essas vítimas para que baixem o aplicativo e sejam orientadas sobre seu funcionamento. Pessoas com novas medidas já serão automaticamente incluídas no programa”, explicou.

Para o secretário de Segurança Pública, Matheus Ferreira, a adoção do serviço “trata-se de uma ação concreta, que reforça o compromisso da administração com uma cidade mais segura, mais justa e mais humana”.

O aplicativo ANA leva esse nome em homenagem à esposa de Diogo Ferreira, que faleceu durante a pandemia de Covid-19. Ele cede a tecnologia aos municípios que desejam contar com o serviço, sob a condição de preservar a homenagem.